18/09/2007

há momentos

desses



em que o amor fica plasmado pelos corpos



tão perfeito, tão sublime, tão sensual



apetece apenas ficar a olhar e saborear em silêncio



enriquecendo por dentro.





Ainda tenho nos olhos da alma os pés dela pousados sobre outros pés, os dele

um braço dela envolvendo o pescoço tão docemente, o dele

e o outro braço semi-estendido de mão pousada na outra mão, a dele

e os olhos, os dela, sempre abertos,

como fontes de amor doce correndo na direcção do rosto dele.



Aqueles pés descalços,

pousados,

tão meigamente levados...



(Penso que não há fotos, daqueles pés,

não posso partilhar mais do que assim

a imagem.

Eu guardo-a em mim,

eu enriquecida

pelo momento)

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