09/03/2008

Opinião

O que diz Emídio Rangel no Correio da Manhã sobre a actual situação dos Professores:


Tenho vergonha destes pseudo-professores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações.

Eles aí estão ‘em estágio’. Faz-me lembrar os hooligans quando há uma disputa futebolística em causa. Chegaram pela manhã em autocarros vindos de todo o País, alugados pelo Partido Comunista. Vestem de preto e gritam desalmadamente. Como diz um tal Mário Sequeira, em tom de locutor de circo, “à maior, à mais completa, à mais ruidosa manifestação de sempre que o País viu”.

Eu nunca tinha apreciado professores travestidos de operários da Lisnave, como aqueles que cercaram a Assembleia da República, nos anos idos de 1975, com os cabelos desalinhados, as senhoras a fazerem tristes figuras, em nome de nada que seja razoável considerar. Lembro-me bem dos meus professores. Não tinham nada que ver com esta gente. Eram referências para os seus alunos. A maior parte escolheu aquela profissão porque gostava de ensinar. Talvez por isso eram todos licenciados e com um curso (dois anos) de pedagógicas. Aprendi muito com eles e quando dei aulas, no liceu e na universidade, utilizei muitas vezes os seus métodos.

Estou-lhes grato para a vida inteira. Hoje as coisas são bem diferentes, embora seja óbvio que estes manifestantes são só uma parte dos professores. Felizmente ainda há milhares de professores (talvez a maioria) que exercem com toda a dignidade a sua profissão. A manifestação é contra uma professora que agora é ministra. Uma ministra sábia, tranquila, dialogante, que fala com uma clareza tal que só os inúmeros boatos, a manipulação e a leitura distorcida do que propõe podem beliscar o que de boa-fé pretende para Portugal. Se reduzirmos à expressão mais simples as suas pretensões tudo se pode resumir assim:

– Portugal não pode continuar a pôr cá fora jovens analfabetos, incultos e impreparados, como acontecia até aqui.

– Os professores colaboraram com um sistema iníquo que permitia faltas sem limites, baixas prolongadas sem justificação e incumprimento dos programas escolares.

– Os professores não são todos iguais. Quero referir-me àqueles que sem nenhuma vocação (com ou sem curso Superior) instalaram um culto madraceirão que ninguém punha em causa nem responsabilizava, mas que estava a matar o ensino.

Confesso que tenho vergonha destes pseudoprofessores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações e transformaram-se em soldados do Partido Comunista, para todo o serviço. Maria de Lurdes Rodrigues é uma ministra determinada. Bem haja pela sua coragem. Por ter introduzido um sistema de avaliação dos professores, por ter chamado os pais a intervir, por ter fechado escolas sem alunos, por ter prolongado os horários e criado as aulas de substituição, por ter resolvido o problema da colocação dos professores, por ter introduzido o Inglês, por levar a informática aos lugares mais recônditos do País. Estas entre outras medidas já deram frutos. Diminuiu o abandono escolar, os métodos escolares estão a criar alunos mais preparados, os graus de exigência aumentaram. O PCP pode usar a tropa de choque que agora arranjou para enfraquecer o Governo e utilizar as suas artes de manipulação e demagogia até a exaustão. Mas creio que a reforma tem de se fazer, a bem do País. É absolutamente nítido que os professores não têm razão. E os estúpidos do PSD que se aliaram ao PCP perderam o tino de vez, porque Portugal não pode parar mais. Espero ver Luís Filipe Menezes à cabeça da manifestação contra os interesses do País.

Emídio Rangel

8 comentários:

isi disse...

Lamentável,
Que persistas em apenas considerar um ponto de vista, é contigo, que te sirvas de um opinante atrofiado com o comunismo (se calhar é daqueles que ainda tem medo da história das criancinhas ao pequeno almoço!)é quanto a mim lamentável, porque te considero maior...

p.s.1 100 ou 80 mil, foram mais de metade do total

p.s. 2 se a televisão ajudasse a população deste país (professores incluídos)podia saber muito mais

Anónimo disse...

Claro que isto é só a exposição de uma opinião absurda com a qual a Lua discorda por completo.Não é assim???

Lua disse...

Obviamente que discordo. Aliás meti aqui pelo absurdo. O que eu gosto da ministra não são as politicas nem tão pouco sei se estão certas porque desconheços conteudos, o que e4u acho admiravél é a postura dela perante isto. Não é decididamente normal neste País.
Quanto as politicas desconheço de todo o modelo de avaliação nem tão pouco tenho conhecimentos para dizer se está certo ou errado.

PanKreas disse...

Este gajo deve estar à procura de algum "taxo".
Um completo incompetente...
Já agora...os seus professores não lhe transmitiram boas regras de conduta em sociedade!
VAMOS ARROMBAR PORTAS!!!

Unknown disse...

Finalmente leio uma opinião coerente e ajustada à realidade.

Anónimo disse...

Convido a todos a irem dar aulas apenas um período lectivo... Só assim podem dizer se realmente um professor trabalha ou não...

Anónimo disse...

Não sei porque é que contestam o meu brilhante artigo.

Emídio Berbequim Rangel

Anónimo disse...

Toda a minha vida tem sido pauatada por comportamentos inatacáveis.
Perguntem na TSF, na SIC, no FCPorto, na Cosmos, à Guidinha Marante e, mais uns anitos atrás, perguntem aos meus vizinhos de Sá da Bandeira.

Emídio Berbequim Rangel