"Na noite em que bebeste medronho, e me pediste a lua, ouvi os deuses cantarem de dentro das pedras.
Enquanto me fazias perguntas, e eu te olhava como se nunca te tivesse visto,limitei-me a recolher o canto que subia da terra, como se nele estivesse a resposta que me pedias.
E entre o pedaço de seio que subsiste dessa noite, e a lua que não fui buscar, o tempo escorre pelas mãos que guardaram a tua voz, como se fosse um fruto, e a deixaram macerada nos meus ouvidos, para que dela nascesse o licor do poema."
Nuno Júdice
24/10/2007
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