27/09/2007

O que de mais belo se escreveu ao meu Pai após a sua morte II

"...Um dia, vou contar aos meus netos que tive o privilégio de conviver consigo e ensinar-lhes quão importante é ser justo e honesto mas também humano. Não lhes vou falar das nossas conversas sobre assuntos profissionais, não lhes vou dizer que o meu amigo era incorruptível – saberão lá eles o que isso era no nosso tempo..."
"...Agora que já não podemos falar mais do que por este meio – o das ideias – quero dizer-lhe que a sua obra não ficará incompleta."
"A sua ausência é, naturalmente, notada por todos nós, mas, entre os crentes, há a segura esperança de que um dia nos vamos reencontrar. Sabe, cada vez que me sento numa mesa do piolho, fica um lugar vago - ainda que no imaginário – à espera de si; aliás, o mesmo que, contra tudo e, por vezes, contra todos, sempre me guardou.
Por hoje, despeço-me. Um dia destes havemos “de falar”, talvez mais brevemente do que os nossos amigos julgam. Sem Toga nem “de BMW” ... seremos os mesmos. Porque nunca tive a veleidade de o ser, nem jamais o mereceria, não ouso tratá-lo por colega.
Até breve, meu amigo,
Adriano"

1 comentário:

Aleisa disse...

Um abraço tão, mas tão apertadinho para ti minha querida Ana...