21/02/2007

A Ilha da Madeira!


No jantar de Segunda-feira de Carnaval discutiu-se muito sobre a Ilha da Madeira e o seu estatuto.
A minha opinião, certamente diferente de outras, é de alguém que visitou a Ilha pela primeira vez e se deparou com um nível de desenvolvimento bastante agradável.
Os investimentos públicos sentem-se por todo o lado, desde túneis, viadutos, etars, saneamento básico, abastecimento de água, marinas, praias e piscinas, equipamentos de saúse, escolares e de lazer.
A nível do investimento privado "apenas" se sente o turismo, isto é, hotéis atrás de hotéis.
Certamente que a estratégia do Governo Regional é esta, aposta nos equipamentos e infra-estruturas públicas, e os privados investem no turismo.
Que mais se poderá fazer?

11 comentários:

nix disse...

Com o dinheiros dos outros faz-se tudo...

PanKreas disse...

Aqui não se faz nada!

PanKreas disse...

Nem com o nosso dinheiro, nem com o dos outros!

nix disse...

Fazem mas é em beneficio proprio

Vermelho disse...

o problema da Madeira não é de investimento público ou privado, mas sim de corrupção e tráfico de influências.
Durante muitos anos, Alberto João beneficiou de chorudas dotações orçamentais do governo da república e da UE.
Pegou no dinheiro e desatou a investir em obras públicas, ou seja, fez aquilo que qualquer político que pretende ser reeleito faz.
Não há nada como uma estrada, uma ponte, um viaduto, para contentar as populações.
Ao investir em obras públicas pode, concomitantemente, satisfazer a sua clientela política, pois que as empresas a quem foram adjudicadas as obras são detidas, directa ou indirectamente, por membros do governo regional, dos quais se destaca Jaime Ramos.
Por outro lado, dada a abundância de capitais, engordou o Estado com dezenas de funcionários e afins, assim garantindo uma sólida base de sustentação social à sua governação.
Depois, foi só estender a sua influência à comunicação social e estava garantida a sua permanência no poder.
Alberto João conseguiu que o Estado, leia-se Governo Regional, se confunda com o PSD.
Ter um cartão laranja é sinónimo de empregabilidade garantida.
Posso-vos dizer que, hoje, na Madeira, ainda se sente medo em falar publicamente sobre Alberto João e o Governo Regional.
O desenvolvimento a que se assiste na Madeira é meramente infra-estrutural.
Existe muita miséria para lá do betão.
Miséria social, cultural e educacional.
Aliás, a "xenofobia" continental só encontra campo para se expandir graças precisamente à ignorância que pulula na ilha.
As teias de interesses que construiu e alimenta criaram um cenário de generalizada corrupção e tráfico de influências.
A Madeira é um imenso favor.
Todos devem um favor a alguém que por sua vez o deve a outrem e assim sucessivamente.
Instalou-se a convicção que se se conhecer a pessoa certa e se tiver o cartão laranja, tudo se pode conseguir.
O desenvolvimento infra-estrutural da Madeira é uma realidade indesmentível, o pior é o resto...
abraço.

nix disse...

Mais nada quem fala assim...

PanKreas disse...

Este é um problema de Portugal, e não só da Ilha da Madeira.
Aqui em nossa casa também se passam situações engraçadas, todas elas relacionadas com a construção civil, atente-se este caso:
- El Corte Inglês de V. N. de Gaia.
Os terrenos em que se situa hoje o dito empreendimento tinham um valor irrisório, entretanto o Sr. Menezes fala ao Major para este falar com o seu amigo Aprígio. O Sr. Naval compra os terrenos a 100 e posteriormente vende a 1000 ao Corte Inglês. Todo este episódio foi possível graças à intervenção do Pres da Câmara de Gaia. Quem lucra?
Advinhem lá!!!

Vermelho disse...

amigo Pankreas:
tens toda a razão.
aliás, o problema que identifico na Madeira é comum ao continente (não o do Belmiro que esse parece viver sem problemas).
Na Madeira a pequenez da ilha acentua a questão.
A teia corruptiva desenvolve-se como maior facilidade.
O exemplo que dás é reflexo do nosso País.
Hoje por hoje, a corrupção e o tráfico de influências são a maior chaga deste cantinho à beira-mar plantado.
Tudo radica, para mim, em duas questões fundamentais:
O financiamento dos partidos políticos e o financiamento das autarquias.
O financiamento dos partidos políticos parte, essencialmente, de empresários ligados à construção civil, que a troco do "investimento" nos partidos pretendem retorno no deferimento de projectos urbanísticos, de construção de equipamentos e de redes viárias.
O financiamento das autarquias assenta, para além das verbas decorrentes da lei das finaças locais, nas receitas próprias.
E que receitas são essas?
grosso modo, as decorrentes da emissão de alvarás relacionados com operações urbanísticas e afins.
Assim se criou o caldo necessário ao florescimento de fenómenos de corrupção e tráfico de influências.
abraço.

Biely disse...

Este vermelho fala mesmo bem... Xiça!!! Vermelho a Presidente

nix disse...

esta tudo dito é vermelho e basta... eu tb voto nele...

PanKreas disse...

Concordo plenamente!